As joias desaparecidas

As joias desaparecidas – João Carlos Marinho

Oi gente, tudo bem? Como está o clima na sua cidade? Aqui em Santa Catarina choveu durante todo o final de semana, mas continua quente. Consegui estudar alguns artigos para a faculdade e terminar a leitura de As joias desaparecidas, outro livro da Global Editora que chegou por aqui.

Se você, quando adolescente, já leu ou conhece os livros da coleção Vagalume vai gostar muito da escrita de João Carlos Marinho. O que mais me chamou atenção foi que ele escreveu essa história quando tinha apenas 13 anos, consegue acreditar? Admirada com o português, com a criatividade, e a desenvoltura para criar personagens.

Outra característica que me fez gostar dessa edição é o material extra. Não à toa AMO conferir edições de colecionador. Após a leitura você se depara com as imagens do caderno original onde essa história foi escrita, não é o máximo? Além disso, acompanhamos momentos importantes da vida do autor. As pessoas que conheceu, seus desejos para o futuro, e o quanto ele tinha certeza que seus livros seriam publicados.

Foi meu primeiro contato com a escrita do autor e fiquei bem impressionada, tanto que já quero ler os outros livros dessa série. Se quiserem posso compartilhar aqui no blog também.

As joias desaparecidas

O livro conta a história das joias que foram roubadas em Xangai, na China. Os ladrões, durante a fuga num porto, tiveram a ideia de escondê-las num sofá. O objetivo era, após serem soltos, voltar para buscá-las. No entanto, quando voltaram ao local descobriram que o sofá tinha sido enviado ao Brasil, especificamente Santos, em São Paulo. Agora os ladrões terão que atravessar os mares para encontrar o sofá e recuperar as joias. O que eles não sabem ainda é que terão que enfrentar a esperteza do pequeno detetive João Carlos.

João Carlos Marinho
Manuscrito de João Carlos Marinho (1948)

Minhas impressões

O livro é bem curtinho, tem menos de 100 páginas então li num dia. A escrita de João Carlos é simples e mantém o leitor entretido durante toda a história. Pelo autor ter apenas 13 anos muitos não sabem o que esperar. No entanto, a construção dos capítulos, a história em si, e os personagens nos surpreende.

É comum leitores deixam de ler clássicos por conter palavras difíceis, e muitas vezes precisar do auxílio de um dicionário. Para mim, pelo contrário, é um estímulo. Gosto de autores que usam a linguagem culta ou mesmo rebuscada, creio que isso enriquece e muito a leitura. Além de aumentar o nosso vocabulário.

Gostei da maneira como a história foi construída, em pequenos capítulos. É como se estivéssemos vendo quadro a quadro, como numa história em quadrinhos. Mais uma característica que torna a leitura fluida.

O nosso pequeno detetive é muito esperto, consegue juntar as peças do quebra-cabeça e resolver o mistério. Lembra um pouco Miss Marple e Hercule Poirot, os personagens de Agatha Christie.

Ah, não poderiam faltar as cenas de ação. Tem sequestro, clorofórmio, lutas, e uma eletrizante fuga de barco. Tal como um dos filmes da franquia Missão Impossível. Com direito a falta de ar e dedos cruzados para que tudo dê certo.

Quanto ao final, pelo menos para mim, foi inesperado. Achei incrível a maneira como o autor criou a cena e resolveu todo o mistério. Muito esperto esse nosso detetive.

O que achei do material extra

Como disse antes, esse livro tem muito material. Porém, o que mais me chamou atenção foi a editora trazer o rascunho original, escrito pelo próprio autor. É perceptível as marcas do tempo, assim como as páginas amarelas, e toda a inocência de um garoto de 13 anos que tinha o sonho de se tornar um famoso escritor. E não é que esse sonho se tornou realidade?

A letra do autor no manuscrito se parece muito com a da minha avó, senti um pouco de nostalgia. Parecia que estava vendo uma carta escrita por ela. É realmente muito parecida.

Bom, essa foi a minha experiência lendo João Carlos Marinho pela primeira vez. Estou ansiosa para ler O gênio do crime e descobrir se é tão bom quanto As joias desaparecidas.

E você, conhece o autor? Já leu algum de seus livros? Conta aqui nos comentários.

Até o próximo post, Érika ♡


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