Templo Budista

Templo Budista Khadro Ling em Três Coroas

Oi gente, como vocês estão? Animados com tudo o que precisam fazer? Por aqui está bem corrido também. Organizando vários posts sobre a viagem para compartilhar tudinho aqui no blog. E como prometido vou contar como foi realizar o sonho de conhecer o Templo Budista em Três Coroas.

Quem me acompanha a mais tempo sabe que venho aos poucos mudando meu estilo de vida. Voltei para a academia, tenho praticado meditação, venho estudando sobre Kabala e Ayurveda, e tenho seguido o minimalismo sempre que possível. A meditação em si é uma prática comum a várias filosofias de vida, por isso tento torná-la um hábito, uma tarefa que exige comprometimento.

O Budismo Tibetano

Estudando sobre meditação, yoga, e afins, descobri o Budismo e comecei a ler mais a respeito. A figura que representa essa filosofia de vida é Buda. No entanto, assim como as religiões no ocidente, o Budismo tem vertentes, uma delas é o Budismo Tibetano.

O Budismo Tibetano é mais conhecido pelo misticismo, pela reprodução artística, e pelos rituais de meditação. O Dalai Lama é o maior representante do budismo tibetano, sendo que este costuma ser dividido em diferentes escolas. As principais são: Gelug, Kagyu, Nyingma e Sakya.

É um universo novo para mim, estou assistindo alguns vídeos no Youtube, acompanhando o site do Templo Budista, inclusive soube que no final deste mês terá um retiro especial de vários dias. Queria muito participar, mas não sei quase nada ainda, acredito que é melhor estudar primeiro e só depois pensar em me aprofundar. É possível também acompanhá-los pelo instagram, eles postam com frequência.

O incrível Templo Budista de Três Coroas

O trajeto até o Templo Budista é lindíssimo, tanto quanto o caminho que percorremos para visitar a Vinícola Borgo. Muitas árvores, pássaros cantando, e um sol radiante. Fomos bem cedinho para aprofeitar bastante e evitar filas. O caminho é tão bonito que íamos parando de tempos em tempos para fotografar e apreciar a natureza. Meu namorado gosta de meditar, enquanto ele faz as práticas dele eu ando pelas trilhas registrando tudo.

Quando chegamos não tinha quase ninguém o que foi bom pois conseguimos ver tudo com tranquilidade. Quando iniciamos o passeio pela segunda vez para então fotografar começou a chegar gente de todos os cantos. Vem turistas do Brasil inteiro. Ainda bem que o estacionamento é enorme.

Como disse ali em cima estou iniciando os estudos mesmo assim consegui entender um pouquinho de toda a estrutura do Templo. As construções, as estátuas, as orações, e como é importante compreender que estamos num lugar sagrado. Há algumas pessoas que moram nos arredores (no mesmo terreno, quero dizer) então o passeio precisa ser feito sem muito alvoroço ou bagunça. Ah, e também sem adentrar as áreas demarcadas.

Os ambientes são separados em Templo, Rodas de Oração, Bandeiras de Oração, Jardim das 21 Taras, Estupas, Guru Rinpoche, Buda Akshobia, Casa das Lamparinas, e Terra Pura de Guru Rinpoche.

Templo

O Templo é adornado com estátuas, textos sagrados, e pinturas tradicionais. A parede da direita conta a história da vida de Buda Shakiamuni, o Buda histórico, que nasceu como o príncipe Sidarta Gautama a aproximadamente 2.600 anos na Índia. No altar principal você verá centenas de tijelas de água, elas são oferecidas todos os dias pelos moradores como treinamento de generosidade, paciência, disciplina, perseverança, concentração e sabedoria.

Rodas de Oração

As Rodas de Oração são cilindros preenchidos por milhares de mantras impressos em rolos de papel, quando são giradas é como se as orações fossem recitadas e suas bênçãos fossem espalhadas para todas as direções.

Bandeiras de Oração

Nas Bandeiras também estão impressos mantras, quando são tocadas pelo vento, as orações são irradiadas levando intenções positivas para todos os seres.

Jardim das 21 Taras

O Jardim das 21 Taras abriga estátuas de pedra esculpidas na Índia. Tara é conhecida como o Buda feminino e também como a salvadora veloz que responde rapidamente às orações e remove os medos e obstáculos de todos os seres. As Taras e todas as outras estátuas e imagens do Khadro Ling são um lembrete de qualidades que já existem em nossa mente e que precisam ser cultivadas como compaixão, amor, alegria e equanimidade.

Jardim das 21 Taras

Estupas

As Estupas são monumentos que representam a mente iluminada. Cada uma das 8 Estupas corresponde a uma passagem da vida do Buda.

Estupas

Guru Rinpoche

Ao lado das Estupas está a estátua de Guru Rinpoche ou Padmasambhava, ele foi o mestre que levou o Budismo da Índia para o Tibete no século VIII.

Buda Akshobia

Akshobia é o Buda que fez a aspiração de proteger os seres da negatividade intensa que surge da raiva. O próprio Chagdud Tulku Rinpoche esculpiu a estátua de Akshobia com a ajuda de seus alunos.

Casa das Lamparinas

Centenas de lamparinas são acesas diariamente no Khadro Ling. Cada lamparina é uma oferenda de luz feita com a intenção de dissipar o sofrimento e a escuridão de todos os seres. Os visitantes também podem oferecer lamparinas e bandeiras de oração.

Terra Pura de Guru Rinpoche

A Terra Pura de Guru Rinpoche é uma réplica da morada celestial de Padmasambhava. Os três andares abrigam diferentes representações de Guru Rinpoche e outros seres iluminados. No primeiro andar há uma estupa com as cinzas de Sua Eminência Chagdud Tulku Rinpoche, painéis na parede ilustram a vida de Guru Rinpoche e os mestres da linhagem.

Chagdud Gonpa Khadro Ling

O Chagdud Gonpa Khadro Ling, localizado no município de Três Coroas, no Rio Grande do Sul, é a sede sul-americana de uma rede de Centros de Budismo Tibetano Vajraiana fundado por Sua Emª Chagdud Tulku Rinpoche em 1995. Com o falecimento de Rinpoche em 2002, os centros estão sob a direção espiritual de Chagdud Khadro, sua esposa. Em tibetano, Kha significa “céu”; Dro significa “mover-se”, “ir”, “dançar”; Khadro é a tradução de Dakini, palavra associada a um aspecto da energia iluminada na forma feminina. Já Ling significa “local”. Uma tradução possível para Khadro Ling, então, é “Morada das andarilhas do céu”.

Cerca de 50 praticantes do Budismo Tibetano Vajraiana moram no Khadro Ling. São pessoas de vários locais do Brasil e do mundo, que vieram para cá com o objetivo de priorizar a prática espiritual e auxiliar nas atividades diárias necessárias à manutenção da Fundação Chagdud Gonpa. Toda a estrutura do centro é mantida por doações.

A Fundação

O Chagdud Gonpa Brasil faz parte de uma rede internacional de centros cuja origem é o Chagdud Gonpa no Tibete, um monastério fundado no século XV. Estabelecidos em 1994 por S. Ema. Chagdud Tulku Rinpoche, os centros brasileiros oferecem ensinamentos e práticas de meditação da tradição Nyingma do Budismo Tibetano Vajraiana. Além do monastério do Tibete e da rede brasileira, a Fundação Chagdud Gonpa também possui centros nos Estados Unidos, Uruguai, Chile e Itália.

O que achamos

Em alguns lugares a aglomeração é maior então é preciso tempo e paciência para visitar tudo com calma. Há placas mostrando o significado de cada estátua, na entrada da Terra Pura há um monge que conversa com os visitantes e explica como funciona aquele espaço. Ele é bem simpático. Senti falta de um folder com mais detalhes e orientações semelhante aqueles que recebemos quando vamos ao museu, lembram? Acredito que ajudaria pessoas que ainda não sabem nada sobre o Templo ou sobre o Budismo Tibetano.

O que saber antes de ir

Para entrar no Templo é preciso tirar os sapatos, desligar o celular, manter silêncio, e não pode fotografar. Tem quantidade limite de pessoas, tinha uma fila imensa quando decidimos entrar. Fiquei na porta observando e achei bem bonito, fiz minhas orações/meditação e depois continuamos o passeio. Alguns dias da semana há meditação aberta ao público então vale a pena participar e ter mais contato com os ensinamentos budistas.

Entre o Templo e a Terra Pura há uma lojinha em que são vendidas roupas, sapatos, livros, itens de decoração, lenços, e muitos outros objetos usados doados pela comunidade para serem vendidos aos visitantes. Todo o dinheiro arrecadado é usado para manter o Templo. A senhorinha que nos atendeu é bem simpática.

Meu namorado e eu gostamos muito da experiência, o que mais nos chamou atenção foi a arquitetura, o tamanho das estátuas, é tudo tão grande, tão colorido, bem diferente do que conhecemos. Eu, por exemplo, fui criada na Igreja Católica, já meu namorado na Igreja Adventista. É um lugar que pensamos em visitar com frequência, apesar de um pouco longe de Santa Catarina.

Bom, e assim termina nosso passeio pelo Templo Budista. Maravilhados em conhecer um pouquinho mais sobre o Budismo, sobre Três Coroas, e ansiosos para retornar em breve.

Agora me conta, já conhecia o Templo Budista de Três Coroas? Tem curiosidade em saber mais sobre o Budismo, meditação, e a cultura oriental? Antes de ir deixe um comentário contanto o que achou do passeio de hoje 🙂

Dicas importantes:

  • use tênis ou calçado confortável
  • leve uma garrafinha de água
  • use protetor solar
  • chegue cedo para aproveitar todo o passeio
  • ao entrar no Templo tire os sapatos, e desligue o celular
  • doe ou compre algo no brechó para ajudar a manter o Templo

Mais informações

Templo Budista
Rua Arnaldo Port, 1211
E-mail: info@templobudista.org
Tel: +55 51 3600 6571
Três Coroas-RS
Entrada: gratuita

Até o próximo post, Érika ♡


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9 Comentários

  1. Oi Erika.
    Cheguei aqui por acaso, vendo os links no grupo Se organizar todo mundo bloga. E já adorei seu blog. Me chamou muito a atenção esse post. Sou uma praticante iniciante do budismo e já fui muitas vezes no templo, inclusive para fazer retiros e para temporadas de trabalho voluntário. Adorei como você descreveu cada parte do templo e o respeito que transpareceu no seu post. Parabéns, o blog e o texto estão maravilhosos.
    Espero voltar mais vezes aqui.
    Beijos.

  2. Oi Erika!
    O que mais gosto em suas viagens, além do seu cuidado em nós contar os detalhes de tudo, é acompanhar as maravilhosas fotos.
    Cada lugar parece ficar muito mais lindo pelas suas lentes.
    Adorei conhecer esse local e saber mais sobre a filosofia de vida, se é que posso chamar assim, que você vem buscando praticar.
    Te desejo milhares de viagens maravilhosas. Um abraço.

  3. Que lugar mais lindo. Olhando as fotos nem parece ser Brasil, todas as estátuas e o templo muito bem trabalhados. Eu sou pouco conhecedor do budismo, mas fiquei com vontade de visitar o templo pois me interesso um pouco pela cultura oriental.

  4. Nossa que lugar lindo, será que tem a Vipassana aí? dialogo bastante com o Budismo e assim como você há alguns anos fiz uma mudança radical na vida, mas para o crudiveganismo, também sou minimalista em muitos aspectos da vida e amo viver o desapego em diversos aspectos da vida, lógico que não sou 100%, mas sigo no caminho.

  5. Olá. Ótimo saber que vocês gostaram muito da experiência. O que eu costumo observar nos lugares onde eu visto nas minhas viagens é a arquitetura também, além da história por trás. Recentemente estive em Paraty, Rio de janeiro. Visitei o Centro Histórico e tal e essa parte de arquitetura me interessa. Nunca visitei um Templo Budista.

  6. Olá! Que lugar bonito. Não entendo muito sobre budismo, mas pelas fotos o templo parece ser bem calmo e com boas energias.

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