A Guerra das Duas Rainhas: Amor e Vingança Marcam o Quarto Volume da Série De Sangue e Cinzas

Oi gente, tudo bem? Quem me acompanha por aqui sabe que eu tenho acompanhado uma série bem grandinha e na minha última resenha eu prometi falar sobre A Guerra das Duas Rainhas, o quarto volume dessa história.

A Guerra das duas Rainhas, publicado no Brasil pela Galera Record, faz parte da aclamada série de fantasia com romance De Sangue e Cinzas, da autora best-seller Jennifer L. Armentrout.

A resenha a seguir contém spoilers dos volumes anteriores, mas não sobre o quarto livro em questão.

SOBRE O QUE É O QUARTO LIVRO DA SÉRIE DE SANGUE E CINZAS

A Guerra das duas Rainhas definitivamente não é um livro independente, lá se foram outros três longos livros da série, assim como Uma Sombra na Brasa, o spin-off recomendado de se ler antes do quarto volume . A Guerra das duas Rainhas continua com a saga de Poppy, agora Rainha de Ossos Dourados, que lidera a resistência contra Isbeth, sua mãe, também conhecida como a Rainha de Sangue.

Nesse quarto livro, Casteel está sendo mantido como prisioneiro por Isbeth, e Poppy está planejando resgatá-lo. Ela trabalha com os lupinos, dragontinos e atlantes para liderá-los na batalha pelo seu rei. Muita ação, segredos revelados, angústia e a habitual construção do mundo da série também estão presentes nesse livro.

“Não importa o que a profecia diga, eu tenho livre arbítrio. Eu controlo as minhas ações. E jamais faria nada do tipo (…) Não vou fazer nada que Isbeth espere de mim.”

Apesar de bem longo, esse quarto volume tem um ritmo dinâmico, alternando entre os pontos de vista de Poppy e Casteel. Cada capítulo tem uma dose de ação, humor, emoção e suspense. O livro também tem várias referências ao universo, que enriquecem a ambientação e o contexto da história.

Um grande destaque dessa série até aqui é o desenvolvimento dos personagens principais. Poppy e Casteel são dois personagens fortes, determinados e apaixonados. Eles enfrentaram muitos obstáculos juntos, têm uma química incrível e suas cenas são intensas e calorosas. Eu adorei ver como eles cresceram como indivíduos e como casal ao longo da série.

O PONTO DE VISTA DE CASTEEL E O QUANTO ISSO IMPACTOU NA HISTÓRIA

Eu confesso que demorei a começar esse livro, pois conhecendo o final do terceiro volume, eu imaginei que viria muito sofrimento pelo fato de Cas estar nas mãos da Rainha de Sangue. Por um bom tempo acompanhamos sua prisão e as coisas que fizeram com ele para tentar forçar Poppy a resgatá-lo. Por mais que eu estivesse preparada, a tensão foi ainda maior do que eu imaginei.

“Aias invadiram aquela cela, vestidas de preto e silenciosas como um túmulo. Elas vinham uma vez por dia para rasgar a minha carne, tirando o meu sangue como se eu fosse um maldito barril de vinho.”

Apesar de gostar do fato desse livro ter o PoV de Cas, o que até então foi inédito na série, isso deixou a história ainda mais triste e dolorosa e pude sentir o peso de sua tortura. Sem falar no desespero de Poppy de não conseguir fazer nada de imediato pelo seu companheiro. Mas a conexão entre eles é tão forte, que até nos sonhos eles conseguiram se comunicar e eu achei isso uma boa adição à história. Sem falar que após o seu resgate, eu engatei a leitura e não consegui mais parar!

PERSONAGENS QUE SE DESTACARAM EM A GUERRA DAS DUAS RAINHAS

Apesar de todo o sofrimento inicial do livro por conta da prisão de Cas, Kieran, um dos meus personagens favoritos da série, também estava lá, apoiando Poppy. Eu amei como ele ficou ao lado dela e a naturalidade que ele se ofereceu para alimentar Poppy.

Sem falar, que seu personagem ganha uma importância ainda maior em A Guerra das Duas Rainhas. Esse livro ficou conhecido por uma polêmica envolvendo o personagem e o casal principal, mas em se tratando do universo da história, do consenso entre as partes e do comportamento dos lupinos/atlantis, fez total sentido para mim.

Além disso, a autora nos deu novos personagens para amar e outros para odiar. Reaver é um Dragontino e meu novo personagem secundário favorito! É interessante vê-lo nessa história – especialmente considerando que em Uma Sombra na Brasa ele era mais jovem.

Agora podemos vê-lo em dois estágios de sua vida, e estou me perguntando o que aconteceu que o deixou tão mal-humorado (não sei se isso é apenas um traço de sua personalidade ou consequência de um trauma). Eu me peguei rindo alto várias vezes com suas ações, falas sarcásticas e irreverência em explicar sobre o universo da história. Eu também me diverti com suas brigas com Kieran.

“Toda vez que olhava para Reaver, era um choque. Acho que nunca me acostumaria a ver um ser tão magnífico, assustador e belo (…) Reaver tem uma obsessão por queimar pessoas. Acho que é uma coisa de dragontinos.”

Enquanto da parte dos aliados, Kieran e Reaver avançam e se tornam personagens mais proeminentes, outros como Vonetta, Tawny, Emil, Naill e Delano não estiveram tão presentes neste livro tanto quanto no anterior. Mas também foi interessante ver Malik, aprender mais sobre Millicent e quem ela realmente era. Os personagens, na minha opinião, permanecem fiéis a si mesmos, ainda que estivessem crescendo ao longo da série.

Além disso, gostei muito da construção de Isbeth. Ela é uma vilã multidimensional, capaz de causar ódio no leitor, mas não é totalmente má. É uma personagem que está claramente confusa e com vislumbres de complexidade em suas escolhas. Em sua própria mente distorcida, ela ama suas filhas o suficiente para abrir mão do amor.

CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE A GUERRA DAS DUAS RAINHAS

No geral, A Guerra das duas Rainhas é outra grande parcela do universo de De Sangue e Cinzas, e embora esse não tenha sido meu livro preferido da série, ainda sinto que é um livro agradável de ler e melhor e mais equilibrado que o seu antecessor. As páginas deste quarto volume me entregaram esperança, amor, amizade, vingança e provações.

Pela primeira vez, um livro dessa série não terminou com um cliffhanger que me deixasse desesperada pelo próximo (obrigada Jennifer, por esse respiro!). No entanto, a história continua a se desenrolar de uma maneira que me deixa fascinada com seus personagens e sua construção de mundo.

A Guerra das duas Rainhas foi mais uma intrigante continuação da série, com revelações surpreendentes e um enredo intenso que tem de tudo um pouco.E embora esta história esteja dentro da série De Sangue e Cinzas, os laços com Uma Sombra na Brasa intensificaram ainda mais minhas considerações positivas, já que o spin-off foi um favorito por aqui. Estou ansiosa para os personagens dessa série se encontrarem.

Se você é fã de livros de fantasia com romance, adora se aventurar num calhamaço e num universo em expansão deveria ler essa série!

Conheça mais sobre os outros livros:

• De Sangue e Cinzas (De Sangue e Cinzas #1)
• Um reino de carne e fogo (De Sangue e Cinzas #2)
• A Coroa de Ossos Dourados (De Sangue e Cinzas #3)
• Uma Sombra na Brasa (Carne e Fogo #1)

Beijos, Flávia 🙂