Filhos de Virtude e Vingança

Filhos de Virtude e Vingança, de Tomi Adeyemi

“Filhos de Virtude e Vingança” é a continuação do aclamado livro “Filhos de Sangue e Osso”, ganhador de diversos prêmios. Você já conhece a obra e deseja saber um pouco mais sobre a continuação publicada pela Editora Rocco? Então pode ler essa resenha com tranquilidade, não tem spoiler!

“Seus erros não te definem. Não deixe que um momento te defina ou te destrua. Os deuses operam de formas misteriosas. Tenha fé no plano deles.”

Evolução entre as obras

O primeiro livro acaba em um momento crucial, logo após Zélie, Tzain e Amari terem conseguido completar o ritual, apesar das adversidades, e trazer a magia de volta à Orïsha. No entanto, eles acabaram trazendo à tona muito mais que a magia!

Como o ritual foi algo muito poderoso, ele despertou não só o poder dos maji de volta, como também os poderes de todos aqueles que tinham ascendência relacionada à magia. Assim se formaram os tîtán, pessoas que não são maji por natureza mas acabaram recebendo poderes.

Agora, além de o trio continuar sua luta contra a realeza para reivindicar o trono, eles também precisam entender os novos poderes que circulam por aí, especialmente quando uma personagem muito importante para a história descobre uma terceira ramificação de poder: os cênteros.

Filhos de Virtude e Vingança
“Filhos de Virtude e Vingança” tem muita ação, com batalhas de tirar o fôlego!

Zélie, Tzain e Amari mal se recuperam da luta em candomblé para trazerem a magia de volta e, enquanto ainda choram suas perdas, outra batalha já começa. Quando Amari decide reivindicar o trono para tentar trazer a paz de volta a Orïsha, sua mãe rebate com a maior surpresa de todas, quase matando Zélie, inclusive.

Enquanto tentam se reorganizar, eles encontram os Iyika, que são pessoas dotadas de magia que formam o movimento rebelde contra a monarquia. Como os objetivos são comuns, eles se unem, ainda mais quando descobrem que uma personagem muito querida do primeiro livro está viva e comandando os Iyika.

Sendo assim, a guerra está armada, e há vários embates ao longo do livro. Chega a ser angustiante, porque quando uma batalha acaba de acontecer, outro ataque recomeça, outra perda acontece… É realmente de tirar o fôlego e de deixar o coração acelerado até acabar. É muito emocionante também, conseguiu me fazer chorar em mais de um trecho!

Claro, a representatividade ainda se faz muito forte, e dessa vez em mais de um sentido: as tradições iorubá estão mais presentes ainda, mas dessa vez há também romance LGBTQIA+ envolvido.

Sobre o desfecho

Se você leu o primeiro livro e achou que ele acaba de forma eletrizante, precisa ver o final do segundo! A má notícia é que o terceiro livro ainda está em produção, então teremos que segurar a ansiedade por mais tempo.

Mas o que posso dizer sem dar spoiler é: nada é o que parece e se prepare para sentir raiva mesmo de personagens queridos. Afinal de contas, quando TUDO está em jogo, até que ponto vale lutar? Até que ponto se deve fazer sacrifícios?

Difícil dizer… Nossos protagonistas enfrentam esse dilema várias vezes e nós vamos junto com eles. Aliás, esse é um diferencial enorme nesses livros: é impossível não se ver dentro da história, imaginar todo aquele cenário, as entidades, a magia cada vez mais forte e poderosa…

O Legado de Orïsha

Tomi Adeyemi com certeza sabe como contar uma história de fantasia de respeito! Agora não nos resta mais nada além de esperar pela continuação da trilogia “O Legado de Orïsha”, sem contar a espera pela adaptação, que já está em produção para os cinemas!

“Zélie, olhe para mim. Você é meu coração. Não há nada neste mundo que você pudesse fazer que eu não perdoaria.”

E aí, ficou curiosa(o)? Nos conte suas expectativas sobre o final desse enredo tão especial!

Até breve, Thamy 🙂

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12 Comentários

  1. Oi Érika, tudo bem?
    Confesso que estou fascinada pelo conteúdo desse livro e me perguntando como assim eu não o conhecia antes. Ainda mais sendo a continuação de “Filhos de Sangue e Osso”, que me é igualmente fascinante! Em especial porque acho fantástica a cultura africana e sempre achei muito pouco valorizada pelos autores de fantasia, que até pouco atrás era um gênero que sofria um bocado de falta de diversidade.
    Um beijo de fogo e gelo da Lady Trotsky…

  2. Olá, tudo bem? Doida para começar essa série! Ainda não tive oportunidade de ler o primeiro, mas sempre vejo elogios rasgados para as obras. É trilogia né? Gosto que, finalmente, a fantasia tem tido abertura para diversidade, para trazer culturas, personalidades não tão exploradas, e principalmente, dado voz a várias vertentes. Sua resenha me deixou super curiosa, amei!
    Beijos

  3. Oi Thamy, mulher que acompanhar suas considerações me deixou empolgada para conhecer a historia, amei saber que tem um final eletrizante.

  4. Oi! Eu adorei a sugestão 🙂 a capa também é linda, a temática é bem interessante. Já quero ler!!!

  5. Gostei muito da sua resenha do livro Filhos de Virtude e Vingança, é um livro que vai deixar o leitor grudado na história, é uma obra fascinante, confesso que fiquei bastante curiosa pelo livro bjs.

  6. Olá Érika,
    Não li o primeiro livro, mas fiquei bem curiosa depois de ler a sua resenha sobre Filhos de Virtude e Vingança. Amei a capa e saber que o livro tem um final eletrizante. Não vejo a hora de conferi-lo. Obrigada pela indicação!
    Bjs!

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