O Pequeno Astronauta: ser especial e fazer a diferença

Oi gente, tudo bem? Estou sumida daqui eu sei… voltei a estudar em outubro e minha rotina ficou ainda mais corrida para conciliar trabalho, estudo, leituras. Tem dado certo por enquanto. Uns dias atrás terminei O pequeno astronauta, mais uma Graphic Novel incrível da Editora Nemo.

Se você tem curiosidade em conhecer um pouco mais sobre o universo das Graphic Novels, a Nemo é cheia de opções. Esse ano já li Suzette, Dias de areia, Ghost World, A adoção, e a Flávia, nossa colunista leu e amou Duas vidas. Terminei também Um oceano de amor e logo mais conto pra vocês o que achei.

Sobre O pequeno astronauta

O livro conta a história de Juliette, uma jovem que todos os anos volta à sua antiga casa para relembrar a sua infância. Esse ano, em especial, ela foi surpreendida. A casa está à venda. Aproveitando a Open house, ela pega um folheto e caminha pelos cômodos e nesse momento todas as suas lembranças vêm à tona. Do tempo em que recebeu a notícia que teria um irmãozinho. A partir de então tudo mudou.

Primeiro, a família precisou de uma casa maior. Depois os pais de Juliette descobriram que Tom tinha uma grave doença e que ele não se desenvolveria como as outras crianças. Essa notícia desestabilizou todo mundo. A partir desse momento tudo seria feito pensando em Tom. Ele não anda, não pensa, não se move. Mas seu sorriso conquista todos a sua volta.

Frente a necessidade de voltar ao trabalho, os pais de Tom decidem colocá-lo na escolinha. No entanto, essa tarefa não será nada fácil. As creches não estão preparadas para atender crianças como Tom. Enquanto algumas não têm profissionais qualificados, outras simplesmente não querem essa responsabilidade.

Mas… nem tudo está perdido. Depois de muito procurar a família de Juliette finalmente encontra uma escolinha que aceita Tom de braços abertos. Uma professora acolhedora, crianças nas mesmas condições que Tom, e muita vontade de fazer novos amigos. A rotina de todos muda mais uma vez, mas agora por um bom motivo.

Tom ainda não fala, mas seus olhos mostram sua felicidade por receber tanto amor, cuidado e ter pessoas tão especiais ao seu lado. O tempo que ficou na creche foi muito especial. Mas agora é hora de seguir adiante. Ele irá para uma escola especializada com outras crianças com deficiências. Não será fácil para Juliette e sua família, mas saber que Tom será bem tratado é o mais importante.

Minhas impressões

O pequeno astronauta foi o primeiro livro que li sobre crianças especiais e gostei bastante da experiência. Interessante quando o autor tem o cuidado ao abordar temas delicados. Mostrar como a família se sente ao receber a notícia, como a rotina de todos muda, e principalmente como a sociedade reage frente a essas pessoas. Enquanto alguns sentem dó ou pena, outros têm receio de se aproximar, por não saber como agir o que para a família é muito triste.

“A gente se acostuma. E aqui não tem dó nem preconceito. Aqui, o normal é ser diferente.”

A história em si traz muita nostalgia, o que me fez recordar da minha infância. Voltei às cidades onde morei, ao bairro onde cresci, à casa onde morei, lembrei dos amigos com quem brincava na rua, o pé de manga que costumava subir, o colégio onde estudei, todas aquelas lembranças vieram à mente durante a leitura.

Acompanhar Juliette desde a infância, a mudança de casa, a chegada de Tom, todos os desafios enfrentados pela pequena família foi uma grande lição de amor. O que posso dizer do Tom? Sabe aquela pessoa que você não precisa conhecer muito tempo para trazer luz à sua vida? Ele é assim. Aquela pessoa que ilumina por onde passa, que faz a diferença, e se torna inesquecível.

Sobre a edição

Mais uma vez a Nemo surpreendeu seus leitores com uma edição incrível. A combinação de cores, os traços, as expressões dos personagens, tudo é de uma delicadeza sem tamanho. Meu personagem favorito? Tom, com certeza. A maneira como o autor retratou o garotinho, sua interação com os colegas, o brilho dos seus olhos, conquista os mais diferentes leitores.

O pequeno astronauta tem 184 páginas, mas consegui ler num dia de tão envolvente que é a história. Ver a família de Juliette superando cada obstáculo, aprendendo a amar Tom, envolvendo a irmã mais velha nas decisões, e se tornando uma família ainda mais unida foi muito marcante pra mim.

Mesmo a história não tendo altos e baixos ou plot twist como livros de suspense ou thriller é uma narrativa envolvente porque conseguimos sentir empatia pelos personagens e nos emocionar a cada página. Perceber a diferença que Tom fez na vida das pessoas deixa o coração quentinho.

Agora me conta, já leu alguma Graphic Novel da Editora Nemo? Tem curiosidade em saber um pouco mais sobre O pequeno astronauta Tom e sua família? Ah, antes de ir deixe um comentário 🙂

Até o próximo post, Érika ♡

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